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Rui Barbosa recebe obra sobre a Imigração Alemã no Paraná


Recentemente, o Colégio Luterano Rui Barbosa recebeu a doação do livro ““Imigração Alemã no Paraná – 180 anos: 1829 – 2009”. A obra aborda a trajetória de um povo que teve participação decisiva na ocupação e desenvolvimento de várias regiões do Estado do Paraná. O livro foi escrito de forma conjunta por sete autores, sendo que a organização é do rondonense Harto Viteck. 

A obra nasceu a partir das comemorações de 180 anos da imigração alemã no Paraná, que se estenderam ao longo de 2009. Grande parte das celebrações foi apoiada e coordenada pela Comissão de Festejos dos 180 Anos da Imigração Alemã no Paraná. O livro está disponível na biblioteca da Instituição. 

A publicação, com cerca de 400 páginas, está dividida em sete capítulos principais. As professoras Divinamir de Oliveira Pinto e Marli Uhlmann Portes escreveram sobre “Rio Negro: o berço da colonização alemã no Paraná”, no qual relatam a vinda dos imigrantes alemães originários da região de Trier e aldeias vizinhas, que embarcaram em junho de 1828 da Europa rumo ao Paraná, onde se estabeleceram nas terras férteis do vale do rio Negro.

O professor Marlon Ronald Fluck assina o capítulo “O núcleo alemão em Curitiba”, que começou a se desenvolver em 1833 com  alemães saídos da Colônia Dona Francisca (atual região de Joinville) e imigrantes alemães vindos da Europa. Ele se distingue dos demais núcleos do Estado por ocorrer no espaço urbano e por ser uma colonização espontânea, não oficial.

 “Teuto-russos e sua história: da esperança à decepção” é o título do capítulo desenvolvido pelo professor Estevão Müller, no qual retrata as perseguições sofridas pelos povos de descendência alemã na Rússia, o que motivou a vinda para o Brasil, onde o imperador D. Pedro II decidiu recebê-los, garantindo a naturalização plena e apoio para a instalação das colônias de imigrantes, inclusive no Paraná. O mesmo autor também escreveu sobre “A história dos bucovinos no Paraná”, alemães que emigraram da Bucovina, região leste da Romênia, para a cidade de Rio Negro a partir de 1887, quando também passaram a ocupar outros espaços, como na cidade da Lapa.

 “Menonitas alemães no Paraná” é o assunto desenvolvido pelo historiador Alfred Pauls. Os menonitas, que têm suas origens no movimento da Reforma Protestante da Igreja, no século XVI, na Europa, fugiram da Rússia nas primeiras décadas do século XX., por causa do regime violento de perseguições  imposto pela Revolução Comunista. No Paraná, os primeiros menonitas chegaram a partir de 1933, quando adquiriram a Fazenda Cancela, em Palmeira, onde criaram a famosa Colônia Witmarsum. Mais tarde famílias menonitas  também se estabeleceram em Curitiba e Ponta Grossa.
 A professora Cláudia Portellinha Schwenberger é a autora do capítulo que trata dos “Pioneiros alemães em Rolândia”, que começaram a chegar à cidade em 1932, em um processo que foi intensificado a partir do ano seguinte, quando muitos alemães imigraram da Europa, temendo a ascensão de Hitler e a perseguição nazista contra políticos, católicos e judeus e demais cidadãos que não apoiassem o regime.
 
O professor Marcos Nestor Stein assina o capítulo “A Colônia Entre Rios no município de Guarapuava”, surgida em 1951, resultado do processo da diáspora ocorrido nos núcleos alemães do Leste Europeu após o final da Segunda Guerra Mundial, quando 500 famílias de refugiados, posteriormente designados de Suábios do Danúbio, vieram ao Paraná.

O último capítulo também leva a assinatura do professor Marcos Nestor Stein, em parceria com o professor Valdir Gregory. O tema por eles desenvolvido é “Migrações e germanidade: Oeste do Paraná e Marechal Cândido Rondon”. O tópico traz narrativas e discussões a respeito do povoamento desta região do Estado a partir da década de 1950, época em que diversas madeireiras e colonizadoras atuaram nesse território, estimulando a vinda do Rio Grande do Sul e Santa Catarina de migrantes descendentes de alemães.

Conforme Harto Viteck, além de marcar a passagem da data histórica, a obra tem a tarefa de ser um referencial para que as gerações atuais e vindouras conheçam e reverenciem a memória dos antepassados, que produziram, junto com outras valorosas etnias, as transformações profundas que fazem do Paraná um dos Estados mais importantes do país.

Nesse sentido, o organizador acredita que a obra estimula ainda a reflexão e propõe um desafio. “Esperamos que a história contada neste livro sirva de exemplo e ação missionária. Se os nossos antepassados conseguiram superar grandes obstáculos e realizar tanto com tão pouco, o que podemos nós fazer de bem a nós mesmos e em favor da humanidade, tendo as facilidades da tecnologia tão avançada de hoje?”, questiona.
 A publicação foi financiada com recursos da Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Souza Cruz, Copel e Caminhos do Paraná, numa realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal, com apoio da Quixote Art & Eventos e da Editora Germânica. A obra, que não está sendo comercializada, é destinada a instituições de ensino e pesquisa, bibliotecas, museus, autoridades e órgãos de imprensa.

 

 


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